LIVRO VIAGEM DE OURO
A ESPADA MÁGICA DA LIVRE EXPRESSÃO INTELECTUAL ACADÊMICA
Nos idos de 1970, mais um capítulo do livro "Viagem de Ouro", foi escrita pela espada mágica da livre expressão intelectual acadêmica durante uma expedição hidrográfica da Comissão de Levantamentos da AMAZONIA-COLAM, hidrografando o Rio Nhamundá, um afluente da margem esquerda do Rio Amazonas, aproveitando a sua navegabilidade, até as terras das lendárias amazonas, durante a cheia do rio, no inverno amazônico . . .
Desbravando uma floresta virgem deslumbrante, um cenário perfeito para um filme épico, a bordo, os Argonautas do século XXI . . . A pequena embarcação equipada com todos os equipamentos modernos, singrava as águas escuras rumo as minas de calcáreo no extremo norte do Brasil, minério que seria escoado pelo Rio Nhamundá . . . O ecobatimetro registrava graficamente a profundidade do leito rochoso e perigoso, as margens cada vez mais estreitas, a floresta cada vez mais exuberante, comprimida pelos paredões habitados por pequenos pássaros azuis e papagaios multicoloridos e ruidosos, em constante revoada, saindo e chegando aos seus ninhos . . A cada pôr-do-sol, a árdua rotina da expedição, era interrompida, motores e equipamentos desligados, um espetáculo impossível de ser reproduzido em cena teatral, começando todas as noites, os atores da floresta se revezavam, o canto dos pássaros que se recolhiam, eram substituídos por uma orquestra sem maestro, sem instrumentos, uma sinfonia de variados sons emitidos por pequenas e grandes criaturas quase sempre interrompidas pelos efeitos especiais da natureza, raios e trovões, durante as chuvas torrenciais, esses atores incansáveis sempre retornavam, alguns iluminando o palco flutuante, outros eram atraídos pela luz da cozinha, e os mosquitos, convidados indesejados, se revezando, arrancavam os aplausos da platéia, provocando palmadas por todo corpo, principalmente na popa da embarcação, onde o cozinheiro fazia uma faxina alimentando os peixes com as sobras do jantar, atraindo os atores principais da caldeirada do dia seguinte, os deliciosos tucunarés e tambaquis, pescados pelos mentirosos de plantão . . . Fartura total, alimentando corpo e alma, muitas luas depois, contornando inúmeras curvas onde a floresta se fechava ameaçando arrancar as antenas, deixando galhos e folhas no convés e, após muitos aplausos chuvas torrenciais, o espetáculo chegou ao seu grande final, as minas de calcáreo . . . . Uma entre tantas historias contadas pelos mineradores, passou a preocupar os marinheiros, o gerente havia sido castigado duramente por um feitiço encomendado às "Tias do Nhamunda", herdeiras dos poderes mágicos das lendárias amazonas na arte de enfeitiçar e seduzir seus vizinhos e visitantes . . . No regresso, necessitando reabastecer, a embarcação foi obrigada a atracar no trapiche da cidade de PHARO, um reduto remanescente das amazonas, onde segundo a lenda, as virgens seduziam os guerreiros visitantes adornando o pescoço dos escolhidos com o muiraquitã, amuleto da fertilidade, fabricado com argila do lago espelho da lua, numa cerimônia de acasalamento, que ocorria na primeira lua cheia do inverno amazônico . . . O cozinheiro só conseguiu encomendar um boi para o dia seguinte, a notícia se espalhou e logo foi organizado o "Baile da Lua Cheia", uma comissão feminina apareceu no trapiche, transmitindo um convite irrecusável, o comandante teve dificuldades em escalar os voluntários, precisando exortar a coragem e o cavalheirismo de sua tripulação . . . Mal a festa começou e os marinheiros já eram convidados a dançar, na penumbra, as "Tias" posicionadas nas janelas do barracão de terra batida, onde os dançarinos fardados não dançavam, flutuavam, mas logo se apaixonaram, as "Tias" serviriam um chá da meia noite aos casais formados, namorando no quintal, felizes para sempre na noite de lua cheia . . . Lenda ou não, a realidade justifica a existência de novos curumins, muitos considerados filhos de botos, exímios canoeiros que saem das margens remando em alta velocidade, desafiando as marolas, gritando : "Joga Cunhado! Joga Cunhado!". Alguns adestrados como piratas, chegam a abordar e subir nas embarcações conseguindo sempre os presentes, também jogados em sacos plásticos pelos marinheiros dos grandes navios que passam pelo estreito de breves . . .
A lenda, o mito e a realidade, alimentando a livre expressão intelectual acadêmica no livro "Viagem de Ouro", sendo escrito por mil e um co-autores, agraciados com a réplica da espada mágica de um marinheiro conhecido apenas como Vjc, sobrevivente de um naufrágio, acordando nos braços de uma sacerdotiza amazonas, que por precaução, lhe devolveu sua espada substituindo as manchas de sangue em sua lâmina mortal, transformando-a na espada mágica, cuja ponta ainda muito afiada, teria riscado nas areias de uma praia no Mar dulce de Las Amazonas, a primeira frase que seria o inicio de mais um capítulo do livro "Viagem de Ouro", o ouro do conhecimento, dourando a frase: "Já que não nos é dado viver por longo tempo, façamos algo que fique a atestar termos vivido". Frase épica que acordou a ciência de um sono milenar, livrando-a do obscurantismo medieval, incentivando os grandes navegadores a desafiar os monstros marinhos do mar tenebroso no rumo do novo mundo . . . Gotinhas captadas pela espada mágica no oceano de letras por onde navega a "Nav SperanZa" para apagar o "incêndio na floresta". . . Esta é uma versão subscrita por mil e um co-autores do livro "Viagem de Ouro"!
Internauta! leia e escreva mais um capítulo e receba uma réplica da espada mágica, garantindo o seu lugar no "CEU ACADÊMICO" , Conselho de Escritores do Universo Acadêmico da Fundação AMA-BRASIL.